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PCR lança Circuito de Megamurais no Teatro do Parque nesta quarta-feira (17)

O circuito conta com nove placas descritivas, mapas para orientação e QR codes que levam a ficha técnica e um documentário sobre as obras. As localizações abrangem as ruas do Hospício, Princesa Isabel, União, Saudade, Riachuelo e a Avenida Conde da B

Publicada em 12/07/24 às 10:39h - 27 visualizações

por PCR


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 (Foto: Diego Nigro)

A Prefeitura do Recife, por meio do Gabinete de Inovação Urbana, lança nesta quarta-feira (17) o Circuito de Megamurais, uma rota de visitação das obras de arte que embelezam edifícios de visibilidade pública na cidade. O evento, que começará às 18h no Teatro do Parque, no bairro da Boa Vista, contará com a apresentação oficial do circuito, show de Zé Brown e a exibição de um documentário que revela as histórias por trás das obras com o protagonismo dos artistas envolvidos.


Os megamurais apresentados são resultado do primeiro edital público de Pernambuco, lançado em setembro de 2021 pela Prefeitura do Recife através do Gabinete de Inovação, que está transformando a cidade em uma grande galeria de arte a céu aberto. As obras são inspiradas no tema "Recife Cidade da Música", celebrando a inclusão de Recife na Rede de Cidades Criativas da UNESCO na categoria de música. Até agora, R$675 mil foram investidos, com nove projetos concluídos e dois em andamento, contribuindo para a difusão da cultura e do conhecimento.


Nesta primeira etapa, o Circuito de Megamurais está distribuído em nove pontos no Centro do Recife, localizados nas ruas do Hospício, Princesa Isabel, União, Saudade, Riachuelo, e na Avenida Conde da Boa Vista. Em cada local, os visitantes encontrarão uma placa descritiva da obra de arte, um mapa com orientações para outros megamurais, além de um QR code que direciona para a ficha técnica e um documentário sobre as obras.


A partir de agosto, os cidadãos que visitarem os megamurais e realizarem um check in através do aplicativo Conecta Recife ganharão moedas capibas, um crédito digital social que pode ser trocado por prêmios e produtos, incluindo ingressos, cupons, vales-compra em empresas parceiras, e benefícios em alimentação, comunicação e lazer.


Todas as terças-feiras, de 06 de agosto a 01 de outubro, o Cine Teatro do Parque apresentará os documentários produzidos pelos artistas como parte de sua programação semanal. Cada obra da programação segue a ordem de classificação dos projetos selecionados no Edital de Megamurais, celebrando a história, cultura e identidade do povo pernambucano.


Confira as datas e detalhes das exibições no Cine Teatro do Parque:


06/08, 19h: Nossa Rainha Já Se Coroou - Nathê Ferreira e Fany Lima

É uma poderosa homenagem às personagens negras do Maracatu Nação, manifestação cultural afro-brasileira pernambucana. O mural busca transmitir as vivências das artistas, duas mulheres negras, em suas respectivas comunidades: o Maracatu Nação Xangô Alafim, localizado em Jaboatão dos Guararapes, e o Maracatu Nação Cabeça de Nêgo, em Camaragibe.


13/08, 19h: Recife Meu Amor - Marquinhos ATG 

Vem com a proposta de representar de forma colorida, simples e alegre toda a essência cultural que a cidade do Recife exala em suas diversas expressões artísticas e culturais. Capital da música que inspira músicos, artistas e poetas, embalados pelos ritmos musicais e pelos folguedos populares, que manifestam toda a pluralidade de uma cidade multicultural e libertária.


20/08, 19h: Naná Vasconcelos, Sinfonia e Batuques - Micaela Almeida

Trata-se de um encontro da arte urbana emergente com a produção de Naná Vasconcelos em sua cidade natal. Esta é a primeira vez que uma obra dessa magnitude é dedicada ao único artista brasileiro a receber oito prêmios do Grammy e a conquistar o título de maior percussionista do mundo por oito vezes pela revista Down Beat. Naná Vasconcelos continua a ser uma figura inspiradora e influente no cenário artístico e musical.


27/08, 19h: A Rua Cria e a Cidade Dança - Vários Nomes

Celebra o frevo como símbolo cultural de Pernambuco, homenageando as passistas Inaê Silva e Rebeca Gondim. O frevo, uma das expressões culturais mais representativas do Recife, surgiu no final do século XIX durante o Carnaval e se estabeleceu como uma manifestação das classes populares, na configuração dos espaços públicos e das relações sociais nas cidades de Recife e Olinda. Portanto, o frevo é não apenas um gênero musical, mas também uma dança que carrega a energia das ruas, becos e vielas animadas dessas cidades.


03/09, 19h: Raízes-Mestras do Coco - Ianah e Bubu 

O coco de roda é uma tradição afro-indígena profundamente enraizada em nossa cultura. A obra reverencia todas as mulheres que fazem esse ritmo acontecer, personificadas na figura de Aurinha. Algumas delas, junto com outros mestres, estão 'pixadas' na saia da coquista, que toca e dança essa cultura ancestral e contagiante. Um dos grandes diferenciais desta obra está no uso da geotinta.


10/09, 19h: O Rei é Rua - Osmo Crew

No ano de 2021, o brega, gênero musical aclamado em Pernambuco, conquistou o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. O ritmo, que possui raízes na Jovem Guarda dos anos 1960, em serestas e clubes de bairro, consolidou-se em meados da década de 1980 na capital pernambucana e nas cidades ao redor. Expoente principal desse estilo musical, Reginaldo Rossi, conhecido como “O Rei do Brega”, foi escolhido pelo coletivo OSMO para ilustrar a cultura do brega, patrimônio artístico e cultural popular, preto e periférico.


17/09, 19h: O Som Nasce na Semente - Priscila Avelin e Yony Seres

O megamural foi criado pela Galeria Lama, primeira galeria de artistas urbanos do Recife, e é assinado pelos artistas visuais Priscila Avelin, do Coletivo Acorde a Floresta, e Yony Seres, da Galeria Lama. No concreto da cidade, que é palco para manifestações sonoras e imagéticas todos os dias, o mural encontra sua voz. O painel destaca instrumentos da cultura popular que dependem das florestas, como o maracá, a alfaia e o berimbau, reforçando a importância da preservação ambiental. Esta obra abre o diálogo sobre a importância de se preservar a floresta, celebrar a agroecologia e nutrir a cidade com arte.


24/09, 19h: Ritmo e Poesia - Crew PixeGirls, arte de Tab e Bubu 

Foi inspirado no cenário artístico musical contemporâneo das periferias da cidade do Recife. As artistas Tab e Bubu, integrantes da crew PixeGirls, foram responsáveis pela criação da arte que homenageia a rapper pernambucana Bione, uma das principais representantes do rap no Movimento Hip Hop de Pernambuco. Em suas letras e apresentações, Bione traz as especificidades de suas vivências como mulher negra, periférica e LGBTQIAPN+, permeadas por lutas pela própria existência, mas também marcadas pela resistência e força.


01/10, 19h: Raiar do Pife - Max Motta 

É uma ode e reverência ao pífano, um instrumento de sopro tradicional da cultura popular nordestina, com raízes indígenas e influências afro-brasileiras. Com dimensão de 363m², o megamural retrata uma mulher negra tocando pífano, vestida com trajes juninos e um autêntico chapéu de couro do sertão nordestino, simbolizando a cultura e a resistência musical de seu povo. A obra busca resgatar a memória de mestres e mestras ancestrais e dar luz à importância de preservar e celebrar as tradições culturais.


EDITAL MEGAMURAIS - Ao todo foram classificados 24 projetos que retratam através da arte o tema “Recife Cidade da Música”, onde nove deles estão concluídos e dois estão em andamento. A contratação para execução dos megamurais depende da disponibilidade de realização e capacidade técnica do proponente conforme exigência do edital, bem como à disponibilidade orçamentária durante o tempo da vigência. O valor pago pelos serviços prestados é de R$ 75 mil, correspondente ao tamanho padrão da empena de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) metros quadrados - ficando sob a responsabilidade do proponente credenciado a totalidade dos custos referentes ao planejamento e a execução  das intervenções artísticas em empenas cegas (fachadas sem aberturas) de edifícios de visibilidade pública no Recife.




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